Dia Mundial do Coração: saiba quais exames fazer para prevenir doenças
No próximo dia 27 é comemorado o Dia Mundial do Coração, com o objetivo de conscientizar sobre a importância de realizar exames periódicos.
No próximo dia 27 de setembro, o mundo inteiro estará comemorando o Dia Mundial do Coração. A melhor forma de celebrar esse dia é exercer ações conjuntas para diminuir a principal causa de morte nos países ricos e emergentes, que são as doenças cardiovasculares, principalmente as doenças do coração. Entre os principais fatores de risco para doenças cardíacas como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca estão a hipertensão arterial, o diabetes, a dislipidemia, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo.
“Existem diversos exames que diagnosticam as doenças do coração. Mas quais pacientes devem realizá-los é uma decisão que cabe ao médico, que se baseará na história clínica e nos achados de exames clínicos feitos no paciente. Sua decisão vai se fundamentar também nos fatores de risco detectados e nos sinais e sintomas encontrados”, explica o Dr. André Caldas, do Bronstein Medicina Diagnóstica. Para ele, os métodos de diagnóstico em cardiologia evoluíram e se multiplicaram, mas ainda assim não é raro encontrar um paciente que evita determinados exames por medo do desconhecido ou perde noites de sono após informações truncadas de amigos, vizinhos e outros “especialistas em desinformação”.
A seguir, o Dr. André Caldas cita alguns exames solicitados para verificar se a saúde do coração está bem, sabendo que a decisão final de quais exames solicitar, suas indicações e contraindicações, caberá ao médico assistente do paciente. Lembramos que este é apenas um informe sobre alguns exames. Se ainda existir alguma dúvida sobre determinado método, busque mais informações, de preferência com um especialista, antes de realizar o exame.
Eletrocardiograma: são posicionados eletrodos (colados na pele com um tipo de adesivo ou com sucção) no paciente, geralmente um em cada membro e seis no tórax. Serve, principalmente, para avaliar a parte elétrica do coração; algumas vezes, o exame fornece pistas sobre certas doenças. É possível ver o ritmo e a frequência dos batimentos, se existe arritmia ou distúrbio na condução do impulso elétrico, entre outras coisas.
Ecocardiograma transtorácico: é um exame parecido com a ultrassonografia, só que do coração. Nele, o médico coloca um gel na pele do paciente e, com a ajuda de um transdutor, avalia o tamanho do coração, o funcionamento das válvulas cardíacas, como o coração se contrai e relaxa. Também é possível medir a velocidade do sangue e como ele se movimenta através das válvulas. Em resumo, é uma avaliação anatômica e funcional do coração.
Teste ergométrico: o teste ergométrico ou teste de esforço pode ser feito em esteira ou bicicleta. A ideia desse exame é, com a realização do esforço físico supervisionado, o médico pesquisar a presença de isquemia no coração, o comportamento da pressão arterial e a frequência cardíaca, avaliar arritmias que possam ter alguma correlação com o exercício e a capacidade funcional do paciente. É um dos mais antigos e sensíveis métodos para investigar arritmias induzidas pelo esforço e doenças coronárias, com grande aplicação prática. Vale ressaltar que o exame deve ser realizado em um local adequado e supervisionado por um médico.
Holter 24 horas: nesse exame o coração será monitorado durante 24 horas. São colados eletrodos no tórax da pessoa, semelhante a um eletrocardiograma, que, por sua vez, são conectados a um pequeno monitor portátil. O paciente deve carregar esse monitor por 24 horas e devolvê-lo ao término do exame. Deve manter a rotina do dia a dia, fazer as atividades que geralmente faz e, se possível, reproduzir as ocasiões que provocam os sintomas. A ideia principal é monitorar o ritmo do coração durante 24 horas em busca de arritmias. “Tome banho antes do exame, pois ficará 24 horas com o aparelho sem poder retirá-lo, e anote minuciosamente no diário tudo que fizer durante o dia”, aconselha o especialista.
MAPA: é um aparelho muito semelhante ao Holter, mas em vez de monitorar o ritmo do coração, avalia a pressão arterial por 24 horas. A diferença é que, em vez de eletrodos no tórax, você ficará com um aparelho de pressão arterial em um dos braços, que insuflará periodicamente, durante 24 horas. Serve em especial para analisar o comportamento da pressão arterial ao longo do dia e, caso você faça uso de remédios para tratamento de hipertensão arterial, avaliar sua eficácia. Também é importante manter a rotina o mais próximo do normal possível. Você também receberá um diário para anotar o que fizer durante o dia.
Cateterismo: o paciente fica deitado em uma sala especial de hemodinâmica. Normalmente é feito pelo braço ou pela perna. A área em torno fica coberta por material estéril para evitar infecções. Pela artéria femoral, radial ou braquial, o médico introduz um cateter até o coração e por ali é injetado contraste, normalmente com iodo. O contraste vai “desenhar” as coronárias por dentro e mostrar qualquer anormalidade no trajeto do sangue com o uso da radioscopia. Pacientes normalmente devem trazer acompanhante para o exame. Pessoas com alergia a iodo ou frutos do mar ou em uso de anticoagulantes, remédios para o coração, hipertensão ou diabetes devem avisar ao médico.
Tomografia e ressonância do coração: são feitas da mesma forma que para outras partes do corpo, com algumas particularidades, que serão informadas pelo médico realizador do exame. Às vezes, se faz necessário o uso de contraste com iodo (tomografia). Permite avaliar as artérias coronárias, a morfologia e a função do coração, entre outras coisas. A ressonância não permite objetos de metal próximo a ela (marca-passo e prótese, por exemplo), entre outras contraindicações, limitando seu uso em alguns pacientes. Como são métodos recentes, esses exames são indicados em casos específicos, avaliados pelo médico assistente.
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