Primavera: estação de cuidados com a saúde
Especialistas alertam que a estação do reflorescimento pode agravar problemas respiratórios, reações alérgicas e outras doenças.
Mesmo sendo uma das épocas mais belas do ano, a primavera também tem seus contratempos. Especialistas alertam que a estação do reflorescimento pode agravar problemas respiratórios, reações alérgicas e outras doenças. Nessa época do ano, por causa do pólen que se desprende das flores, é comum que muitas pessoas apresentem coriza, rinite alérgica, coceira no nariz e sintomas de resfriado que caracterizam, muitas vezes, uma alergia. Nas cidades mais populosas e movimentadas, a poluição prejudica a qualidade do ar, agravando ainda mais as doenças. Os casos de conjuntivite também são comuns nessa época.
O aumento da temperatura juntamente com a umidade do ar torna os ambientes propícios à proliferação de fungos, ácaros e bactérias. Para o infectologista Alberto Chebabo, do Bronstein Medicina Diagnóstica, todas as épocas do ano possuem características que alteram o funcionamento do sistema respiratório. Mas algumas recomendações podem evitar esses problemas. “Durante a primavera, os riscos de agravamento de doenças respiratórias são altos por causa da polinização. A atenção com as crianças deve ser redobrada por serem mais sensíveis. É indicado sempre lavar roupas e lençóis com sabão neutro, eliminar tapetes e carpetes e manter os ambientes arejados. Brinquedos de pelúcia devem ser guardados ou embalados em sacos plásticos”, alerta o especialista.
Em boa parte dos casos, o principal sintoma é a crise alérgica, provocada pela reação do organismo quando as pessoas sensíveis a determinadas situações entram em contato com agentes desencadeantes chamados alérgenos. “Alguns cuidados são essenciais para evitar o desencadeamento de doenças alérgicas, como manter as mãos sempre limpas, evitando o contato com os olhos, limpar a casa com pano úmido e deixar o sol entrar no ambiente para eliminar ácaros”, comenta o infectologista.
A asma, por exemplo, é caracterizada pela presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível das vias aéreas, tendo como manifestações clínicas principais tosse seca, falta de ar, chiado e dor ou aperto no peito. “Já a rinite alérgica é ocasionada pela exposição aos alérgenos e é caracterizada por espirros em salva, tosse, olhos lacrimejando, coriza, prurido nasal e congestão nasal. Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética e influenciadas por fatores ambientais”, explica o Dr. Alberto Chebabo.
Para a maioria das alergias o tratamento deve ser focado no bom controle ambiental e na terapia farmacológica, a ser indicada pelo médico, de acordo com o quadro clínico do paciente. Existe uma relação de descongestionantes nasais vendidos sem receita e as pessoas abusam do uso. Alberto Chebabo lembra que “estes podem ter efeitos adversos se utilizados sem indicação médica, pois tendem a induzir a um quadro de rinite medicamentoso e agravar outras afecções”. O médico também reforça que, apesar de serem doenças sem cura aparente, elas podem ser controladas, permitindo grande melhora da qualidade de vida de seus portadores.
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