Boa tarde, tudo bem?
Após recente declaração da cantora Ivete Sangalo que compartilhou seu desejo de ser mãe após os 40, preparamos um release tirando as principais dúvidas das mulheres que assim como a cantora, compartilham do mesmo sonho. Segue abaixo para avaliação. Qualquer dúvida ou demanda, nosso especialista está a disposição para ajudar.
Muito obrigada!
Att.
Mãe após os 40
Após a declaração da cantora Ivete Sangalo que, deixou bem claro sua vontade de engravidar novamente, muitas mulheres que já passaram dos 40 afloraram seu instinto maternal e passaram a passaram a sonhar ainda mais com a possibilidade de serem mães. A gravidez em qualquer idade tem vantagens e desvantagens, não há como negar que as chances de engravidar após os 40 anos são muito menores, a reserva de óvulos diminui significativamente com a idade, e os óvulos mais velhos são mais propensos a desenvolver problemas, aumentando o risco de aborto e anomalias ao nascimento e a mulher também possui mais chance de ser acometida por pressão alta, diabetes ou outras doenças que agravam ainda o mais o risco da gestação.
Apesar disso, também existem benefícios em gestar após os 40. Estudos demonstram que as mães mais velhas são, em geral, mais instruídas, tem carreiras profissionais mais consolidadas e são mais propensas a amamentar. A partir de suas experiências de vida, são mais aptas a tomar decisões familiares mais saudáveis e inteligentes. O mais importante é conhecer os riscos e se preparar antes de engravidar neste período da vida.
Abaixo o gerente da medicina fetal do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Dr. Fernando Maia tira as principais dúvidas sobre o assunto.
1. É possível engravidar após 40 anos naturalmente (sem o uso de métodos como inseminação)?
Sim, é possível, mas devemos observar alguns fatos importantes. Uma mulher com 40 anos tem chance de 50% de engravidar dentro de um ano, aos 43 anos esta chance cai para 1%. Depois de 45 anos fica quase impossível engravidar a partir dos seus próprios óvulos.
2. Quais os exames realizados para saber se a mulher ainda poderá engravidar?
Existem muitos exames disponíveis, mas o Hormônio Antimülleriano (geralmente associado à ultrassonografia transvaginal) é considerado o marcador mais promissor para a avaliação da reserva ovariana. Entretanto, a avaliação do potencial reprodutivo de uma mulher não é muito fidedigno.
3. Esta gravidez seria considerada de risco?
Sim, uma gestante com mais de 40 anos é sempre considerada de alto risco. Essas pacientes são mais propensas às doenças pré-existentes que complicam a gestação como obesidade, hipertensão arterial, doenças da tireóide, diabetes, etc. Possuem ainda maiores riscos inerentes à gestação, como aborto espontâneo, síndrome de Down, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, macrossomia, anomalias placentárias, gestação múltipla, natimortalidade e crescimento intra-uterino restrito.
4. Os cuidados que a mulher deve ter ao engravidar neste período são os mesmos que teria quando mais nova?
Não, existem especificidades. Aconselhamos a paciente a fazer uma consulta periconcepcional, a programação é essencial. Algumas dicas são importantes para diminuir a probabilidade de complicações, caso exista qualquer condição médica pré-existente, discuta a gravidez com o seu médico para descobrir se a doença esta controlada e como a gravidez pode afetar sua condição de saúde, tome ácido fólico três meses antes de engravidar para ajudar a prevenir alguns defeitos congênitos, os do tubo neural em particular, inicie o pré-natal o mais precocemente possível. E por fim, a gestante deve buscar informação sobre o aumento do risco de doenças genéticas, malformações e outras complicações gestacionais. Outro ponto importante é procurar informações sobre os testes que ela poderá fazer durante a gravidez para identificar estas complicações.
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