Vitaminas são para todos?

Especialista fala sobre oito mitos ou verdades sobre suplementos


A ideia de que vitaminas fabricadas são sempre excelentes para o homem já caiu por terra.  Elas devem ser ingeridas somente quando indicadas por um médico. Uma dieta pobre em vitaminas terá como consequências problemas de saúde, denominados avitaminoses ou hipovitaminoses (doenças provocadas pela deficiência na quantidade de vitaminas de que o corpo normalmente necessita). Apesar de serem doenças raras hoje em dia, podem ocorrer em determinadas circunstâncias de baixa ingestão extrema. Por outro lado, apesar de a intoxicação com vitaminas também ser rara, pode ocorrer em famílias predispostas, especialmente com as vitaminas lipossolúveis (solúveis em lipídios e não solúveis em água), como as vitaminas A, D, E e K.

A seguir, a endocrinologista do Bronstein Medicina Diagnóstica Dra. Rosita Fontes vai desmistificar algumas “verdades” sobre as vitaminas.

1 – Suplementos vitamínicos melhoram a imunidade.
Segundo a endocrinologista, este é um tema polêmico, mas, de fato, a vitamina E parece melhorar a imunidade. No entanto, se a pessoa se alimenta bem, não necessitará do suplemento dessa vitamina.

2 – Vitaminas nunca são demais.
Quando usados de forma incorreta, os suplementos podem mesmo fazer mal. “Mas as
hipervitaminoses, a ponto de serem prejudiciais à saúde, são raras”, completa Rosita. Nos complexos vitamínicos existentes no mercado, a concentração de vitaminas costuma ser pequena para chegar a níveis de intoxicação.
 3 – Se funciona para ele, funciona para mim.
Não se deixe levar pelas aparências. É bastante recorrente pessoas com o mesmo objetivo acreditarem que se tomarem suplementos conquistarão o resultado desejado. Cada caso é individual e deverá ser orientado pelo seu médico.

4 - A vitamina só tem efeito se ingerida na sua forma natural.
Não. Embora uma dieta balanceada e variada contenha todas as vitaminas de que o organismo precisa, os suplementos vitamínicos também têm efeitos benéficos mais do que comprovados.  Mas, ao contrário das vitaminas encontradas nos alimentos, só são necessários às pessoas que não estão bem de saúde, sofrem de doenças crônicas ou não se alimentam bem. E todos eles, por mais inofensivos que pareçam, só devem ser tomados com supervisão médica.
 5 - Vitamina ajuda a diminuir o colesterol.
O que diminui o colesterol é a redução da ingestão de gorduras saturadas encontradas em carnes gordas, embutidos e frituras, entre outros alimentos, e do próprio colesterol. “Colesterol também se combate, entre outras armas, com gorduras saudáveis encontradas, por exemplo, nos peixes brancos de águas profundas, frutas, como o abacate, e azeite de oliva extra virgem”, complementa a doutora do Bronstein. Pesquisas mostram que as fibras encontradas nos legumes, nas verduras e nos cereais integrais podem diminuir o nível de colesterol em 10% ou mais.

6 - Os vegetarianos necessitam de suplementos vitamínicos.
Os vegetarianos, por não ingerirem alimentos de origem animal, não conseguirão obter, através de plantas, uma vitamina essencial para a produção dos glóbulos vermelhos – a vitamina B12. Mas podem obtê-la por meio de alimentos enriquecidos com essa vitamina, como cereais, produtos à base de soja, geralmente usados como alternativas do leite, fórmulas à base de proteína de soja, achocolatados e creme de amendoim. É importante verificar no rótulo se realmente contém B12. Em casos extremos, o médico poderá prescrever um suplemento dessa vitamina.
 7 - As vitaminas ajudam a aumentar de peso.
É importante perceber que esses nutrientes não têm nenhum constituinte energético, logo, não têm calorias. Dessa forma, não poderão engordar, assim como não aumentam o apetite.

8 – A deficiência de vitamina D é comum.
De fato, a deficiência da vitamina D não é rara. Atualmente as pessoas tomam menos sol, geralmente, estão protegidas com roupas que cobrem boa parte do corpo ou dentro do carro com os vidros fechados, que não deixam passar a radiação ultravioleta, justamente a que é importante para a formação de vitamina D na pele. Sua deficiência pode levar à osteoporose e osteomalácia, e os cuidados com sua reposição são especialmente necessários em crianças e idosos.

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