Brasileiros consomem até três vezes mais açúcar do que população mundial

Descubra como definir a quantidade ideal das várias versões do alimento no dia a dia

Seja no cafezinho da tarde ou nos doces da escapada da dieta no final de semana, o açúcar adoça a vida dos brasileiros de muitas maneiras diferentes. Fonte de energia, a substância, extraída da cana, também tem a capacidade de deixar as pessoas mais alegres – já que sua ingestão estimula a produção de serotonina, hormônio que regula o humor. Porém, para conseguir apenas os benefícios do açúcar, é necessário prestar atenção na quantidade: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário não deve passar de 50 gramas, incluindo o açúcar já presente nos alimentos. Mas, no Brasil, a realidade preocupa os médios: cada brasileiro consome, em média, 150 gramas de açúcar por dia conforme dados recentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), enquanto que a média mundial não passa dos 57 gramas.

Ter uma alimentação rica em açúcares pode ser agradável ao paladar, mas muito prejudicial à saúde. Segundo a dra. Yolanda Schrank, endocrinologista e integrante do corpo clínico do laboratório Sérgio Franco, as consequências são o aumento do índice de triglicerídeos, ganho de peso em excesso, entupimento das artérias e desenvolvimento do diabetes, podendo ter consequência a longo prazo para o bem-estar. A maneira mais fácil de detectar se o índice de açúcar no sangue está alto é através de exames laboratoriais, como a avaliação de glicemia, insulina e hemoglobina glicada – todas disponíveis nos laboratórios Sérgio Franco, e os resultados são obtidos através de um exame de sangue comum.

“Porém, nem tudo está perdido! Existem muitas versões do açúcar no mercado e algumas são mais saudáveis do que outras, sendo mais indicadas para quem não consegue deixar os doces de lado. O açúcar orgânico, por exemplo, não tem adição de agrotóxicos ou componentes químicos, o que conserva seus nutrientes. Ele é uma ótima opção para substituir o açúcar refinado no café, chá, sucos e no preparo de doces e bolos, mas, assim como todos os outros tipos, não deve ser consumido em excesso”, explica a dra. Yolanda.

Outra versão do açúcar que também é uma boa opção para o consumo no dia a dia é o mascavo; apesar de sofrer um processo de industrialização, ele conserva os valores nutricionais do melaço, sendo rico em cálcio, ferro, potássio e magnésio, mas é contraindicado para consumo de diabéticos. O tipo demerara é bem parecido com o mascavo e também mantem os nutrientes do melaço, mas demora muito mais para adoçar cafés, chás e sucos e é mais indicado para fazer bolos e doces – sendo liberado para consumo de pessoas diabéticas. Extraído das flores da palma de coco, o açúcar de coco tem o menor índice glicêmico de todos os tipos, pessoas diabéticas podem consumi-lo em quantidade moderada e adoça tanto quanto a versão refinada, então é uma boa opção para substituí-la.

“Para quem está controlando as calorias, o açúcar light é uma opção para manter em mente. Como ele adoça mais rápido do que as outras versões, é necessário apenas uma pequena quantidade para garantir o sabor nos alimentos e no café, no suco ou no chá. Outro que adoça rápido é a frutose, encontrado naturalmente nas frutas e que está ganhando mais espaço nas prateleiras. Porém, é bom lembrar que ele, assim como qualquer outro açúcar, deve ser ingerido de forma moderada”, conta a médica.

Mesmo que a vontade de consumir açúcar seja grande, intercalar alimentos açucarados com uma alimentação saudável na maior parte do tempo e exercícios físicos regulares é a melhor maneira de manter a saúde do corpo.

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