Infertilidade masculina: um desafio que pode ser vencido

Realizar o sonho da paternidade pode ser possível também para muitos homens que têm dificuldades de engravidar suas parceiras. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Reprodução Assistida (IBRRA) registra 75% de êxito nos tratamentos de infertilidade. O sonho que parecia estar distante pode estar muito mais perto, além de mais acessível. O importante é procurar a ajuda de um especialista quando o casal apresentar dificuldades relacionadas à reprodução. E quando a causa da dificuldade é a infertilidade masculina, a maior parte dos fatores está relacionada à produção ou disponibilidade de espermatozoides viáveis – daí a importância de se fazerem exames de avaliação do sêmen.

Para esse diagnóstico o espermograma é fundamental, pois analisa as características do espermatozoide, que, por sua vez, permite verificar o potencial de reprodução do homem e o que se deve ou pode fazer para melhorá-lo. Para a realização do exame, o sêmen é colhido, após um período de abstinência sexual de três a cinco dias. “O exame analisa desde o aspecto até a quantidade e as condições dos espermatozoides na amostra, podendo, assim, verificar como está a fertilidade do homem, além de, muitas vezes, apontar outros fatores da saúde reprodutiva masculina, como as condições da próstata ou a presença de infecções ocultas, por exemplo”, explica a Dra. Mônica Freire, diretora do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica. 
O exame é realizado quando existe alguma condição física, imunológica ou genética que possa alterar as condições espermáticas e interferir na fertilidade do homem. Normalmente ele é pedido após um exame clínico com um especialista em reprodução humana ou urologista; por isso, ele não tem uma periodicidade para ser feito. A qualidade do sêmen precisa ser avaliada em algumas situações: casais que estão tentando engravidar e homens no pós-cirúrgico de vasectomia. Esse material é analisado imediatamente após a obtenção da amostra, na qual é feita uma avaliação descritiva do sêmen, enfatizando principalmente a motilidade (ou seja, a capacidade de se mover) e a morfologia (características físicas) do espermatozoide. “Primeiro são avaliadas as condições físicas do sêmen, como volume, viscosidade, liquefação, coloração e pH (medida que determina a acidez de um material). Então, a análise se torna microscópica, para verificar a concentração de espermatozoides, qual a motilidade total e progressiva, a vitalidade desses gametas e se está tudo certo com sua estrutura. Também são medidas as quantidades de leucócitos no esperma (células de defesa de nosso corpo) e de compostos como ácido nítrico e frutose”, enfatiza a especialista. 

"Normalmente são pedidos dois exames com 15 dias de intervalo. Se os resultados forem semelhantes, há um diagnóstico. Se houver alguma diferença entre as características do esperma estudado nas duas coletas, o médico pode pedir uma terceira coleta, para não deixar nenhuma dúvida”, finaliza a Dra. Mônica Freire. 


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