Segurança na terceira idade

Com o aumento da expectativa de vida dos idosos e a consequente ampliação no leque de atividades, também está crescendo o número de registros de quedas e fraturas entre essa população. Há um mês, o humorista Max Nunes faleceu por conta de complicações após sofrer uma queda, acidente que alertou a população para a segurança na terceira idade.
Para evitar as problemas como este, que na maior parte das vezes acontecem dentro da própria residência, uma dica é seguir o conceito de casa segura. “Trata-se de uma série de medidas que visam oferecer aos idosos uma ambientação mais adequada e com menos riscos, desde a disposição dos móveis até o sistema de iluminação”, explica o clínico geral do Bronstein Medicina Diagnóstica, Dr. Rafael Munerato, que preparou algumas dicas para se alcançar a longevidade de maneira saudável e segura.
Ajuste os itens de segurança
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% a 10% da população com idade acima de 60 anos sofre algum tipo de acidente doméstico grave. Para reduzir esse risco, pisos antiderrapantes, corrimões e rampas de acesso podem ser a solução. Porém, como nem sempre é possível viabilizar piso antiderrapante em toda a casa, é imprescindível que o calçado do idoso seja com solado antiderrapante. Não utilizar pantufas e chinelinhos com sola de tecido.
 Atenção redobrada com o banheiro
O banheiro é um local que representa grande perigo aos idosos. A umidade e o piso escorregadio podem causar uma queda grave, podendo ser evitada com a instalação de suporte de apoio dentro do box e próximo ao vaso sanitário. Não é recomendável que o idoso tranque a porta do banheiro e pode ser sugerido que ela abra para fora, assim o socorro fica mais fácil em caso de acidente.
 Decoração ao estilo segurança
Nas casas em que moram idosos, o estilo predominante deve ser o seguro. Tapetes, cadeiras e poltronas sem braços ou apoio nas costas e camas sem cabeceira podem dificultar a locomoção. O ambiente deve ser de fácil acesso e contar com apoios (para os momentos de se levantar, sentar e deitar). A iluminação deve ser levada em conta nos cômodos de circulação do idoso (quarto, corredor, banheiro e cozinha). Essas atitudes são capazes de reduzir o número de fraturas de fêmur de forma muito mais eficaz do que medidas farmacológicas que tentam aumentar a densidade óssea.
Minimize os obstáculos
Outros fatores importantes são a altura e o tamanho dos móveis. Os objetos de maior uso devem estar ao alcance do idoso. Com isso, evita-se que eles utilizem bancos ou escadas para alcançá-los.
 Mexa-se
Os exercícios de flexibilidade e o treinamento de força são fundamentais para melhorar a sustentação muscular, o amortecimento de impacto e reduzir acidentes e lesões degenerativas do aparelho locomotor. Então, pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias. A falta de condicionamento compromete a realização de tarefas simples do cotidiano, como se vestir, brincar e cuidar dos netos. “No indivíduo sedentário, após os 60 anos, acontece uma importante redução da força nos membros inferiores, com diminuição da velocidade da marcha e do equilíbrio, aumentando a incidência das temidas quedas e fraturas. O exercício bem dosado e supervisionado pode reverter essa perda de força, protegendo o idoso desses acidentes”, orienta Rafael Munerato.
 Consulte o médico com mais frequência
É importante fazer consultas e exames periódicos de rotina. Estima-se que os idosos acima de 70 anos tenham em média três doenças crônicas simultâneas. Recomenda-se que o idoso vá acompanhado de um familiar às consultas médicas e à realização de qualquer procedimento diagnóstico. Dessa forma, será mais seguro apreender as recomendações médicas.
 Disciplina com medicamentos
Os idosos que utilizam medicação de uso contínuo devem preparar uma relação no papel e compartilhá-la com a família, garantido que o tratamento seja seguido à risca conforme a orientação médica. A maior causa de descompensação das doenças crônicas é a não adesão ao tratamento de uso contínuo. Segundo Rafael, os idosos não devem, em hipótese alguma, fazer uso de medicamentos sem orientação médica, porque podem ter efeitos colaterais que contribuam para o desequilíbrio, possibilitando quedas.
 Cuidados especiais
Os idosos que sofrem de artrose e catarata precisam de cuidados especiais, visto que esses dois fatores potencializam os riscos de queda.

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