Novos exames para detecção precoce do câncer de próstata podem diminuir o número de mortes no país

Campanha de conscientização relembra os cuidados necessários para combater a doença

Elaborada especialmente para alertar a população masculina de todo o mundo sobre o câncer de próstata, a campanha Novembro Azul, presente em vários países, tem como missão ensinar os males da doença, os tratamentos disponíveis e como detectar os primeiros sintomas de forma precoce. Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata surgem ao ano no Brasil, colocando-o como a segunda maior causa de morte por câncer entre os homens brasileiros. Segundo o dr. Leonardo Kayat, radiologista e especialista em diagnóstico do câncer de próstata na Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), a descoberta precoce e a seleção correta e eficaz do tratamento são capazes de reduzir o número de mortes causado pela doença.

“O câncer de próstata tem mais chances de atingir os homens que estão no grupo de risco, que consiste em idade acima de 50 anos, sobrepeso, perfil sedentário e histórico da doença na família. Porém, mesmo que o paciente não se enquadre nesse perfil, é recomendável que todos os homens comecem a fazer exames de detecção desde os 40 anos. É esse acompanhamento com o especialista que garante a descoberta precoce dos tumores, malignos ou não, e dá enormes chances de cura ao paciente”, conta o dr. Leonardo.

Como o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas em seus primeiros estágios de desenvolvimento, fazer os exames de rotina e consultar um urologista (ou clínico geral) de confiança é essencial para sua detecção precoce. Para auxiliar nessa descoberta, o exame de PSA, o toque retal e a ressonância magnética multiparamétrica da próstata se destacam como os métodos de diagnóstico mais eficazes e precisos disponíveis atualmente para identificar a doença. O primeiro mede a dosagem do antígeno prostático específico por meio de um exame de sangue; já o toque retal, apesar de temido por alguns, é um procedimento indolor e rápido, em que o médico verifica se a próstata apresenta anormalidades palpáveis; a ressonância magnética multiparamétrica, por sua vez, tem sido amplamente considerada o método diagnóstico não invasivo com a maior acurácia para a detecção de câncer de próstata clinicamente significativo.

“Esses métodos não diagnosticam o paciente como tendo câncer ou não, mas dão ao especialista uma visão importante da condição de saúde dele e se a próstata está, de alguma forma, alterada. Se existirem suspeitas nos exames ou lesões evidentes à ressonância magnética, o paciente é indicado para se submeter a uma biópsia, que é a retirada de fragmentos de tecido da próstata para análise, guiada por ultrassonografia transretal”, explica o médico. Esse procedimento pode ser realizado com sedação, garantindo que o paciente tenha o maior conforto possível.

Entre as novidades em diagnóstico preciso e eficaz para esse tipo de câncer está a biópsia por fusão de imagens de ultrassonografia com ressonância magnética, já disponível no Rio de Janeiro desde março de 2016. Esse procedimento se beneficia da alta acurácia da ressonância magnética na detecção de lesões, em combinação com a praticidade da ultrassonografia na aquisição de fragmentos de biópsia. “O resultado é maior confiabilidade diagnóstica com menor índice de falsos negativos e menor necessidade de repetição de biópsia”, conclui Leonardo.


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