Dia Mundial sem Tabaco: conheça os perigos do fumo

No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo
O Dia Mundial sem Tabaco é celebrado em 31 de maio e tem como objetivo reforçar as ações mundiais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumante.

No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo. No mundo, pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina fumam. Não se pode esquecer do fumo passivo, que também é um grande problema – especialistas explicam que permanecer em um bar onde há pessoas fumando equivale a fumar quatro cigarros para quem não fuma.
 O tabagismo é o principal causador de muitas doenças pulmonares, inclusive o câncer de pulmão, e está associado ainda a outros tipos de tumor e doenças cardiovasculares. A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, considerada uma droga bastante poderosa que atua no sistema nervoso central, como a cocaína, a heroína e o álcool, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. “É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis; porém, as dificuldades tendem a ser menores a cada dia”, afirma Rafael Munerato, clínico geral do Bronstein Medicina Diagnóstica. As estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, 5 vezes maior de sofrer infarto, 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.

A escolha do método para deixar de fumar é essencial. O especialista sugere dois, a parada imediata e a gradual. “No método de parada imediata o fumante marca uma data em que deixará de fumar, independentemente do número de cigarros fumados diariamente. Quando chegar o dia escolhido, ele não deverá ter cigarros, porque essa medida diminuirá os riscos de, diante de uma forte vontade de fumar, ele acenda o cigarro por tê-lo perto. Já na parada gradual, o fumante vai reduzindo o número de cigarros. Por exemplo: um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia, fuma os 30 cigarros usuais; no segundo, 25; no terceiro, 20 e assim por diante. O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros”, explica o especialista.
 Para o dr. Rafael Munerato, a estratégia gradual não deve durar mais de duas semanas, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar. “O mais importante é marcar uma data para que seja seu primeiro dia de ex-fumante. Lembre-se também de que fumar cigarros de baixo teor não é uma boa alternativa. Todos os tipos de derivado do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de Bali, cigarrilha, narguilé etc.) fazem mal à saúde. Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure tratamento especializado, que poderá ser na rede do SUS. Cuidado com métodos para deixar de fumar que podem trazer malefícios à saúde”, aconselha o clínico.
Fique atento e pare de fumar hoje mesmo! Está comprovado que o tabagismo é responsável por:

·         200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
·         25% das mortes causadas por doença coronariana – angina e infarto do miocárdio;
·         45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
·         85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica);
·         90% dos casos de câncer de pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumante passivo);
·         25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral);
·         30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia).

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