Ácido lático na dor: mais exercício físico ou descanso?

Saiba por que temos dores musculares e como se comportar nos momentos de crise
Durante muito tempo, associamos a presença do ácido lático às dores musculares, mas hoje sabemos que a causa da dor é a acidose tecidual, e o ácido lático é apenas um mecanismo de defesa, e não o vilão. A acidose tecidual leva à irritação da terminação nervosa sensitiva, causando a dor. Com o passar dos dias, o organismo neutraliza a acidose com a ajuda de substâncias chamadas piruvato e NAD e a dor diminui.
 O melhor remédio para combater o excesso de ácido lático é mais exercício, só que em doses menores, segundo Rafael Munerato, clínico geral do Bronstein Medicina Diagnóstica. “O melhor procedimento para evitar a formação de ácido lático é, depois de um exercício, realizar, por alguns minutos, outro exercício (correr, pedalar, nadar) em menor intensidade. Esse procedimento ajuda a desintoxicar a musculatura porque uma parte do ácido lático, que também pode servir como fonte de energia, passa a ser queimada”, explica ele. Outro procedimento é massagear o local dolorido, aumentando a irrigação sanguínea da região e facilitando a eliminação do ácido.
 O médico alerta que não é aconselhável usar analgésicos como aspirina ou ibuprofeno, por exemplo, para o tratamento de dores musculares. A longo prazo, esses medicamentos podem comprometer a permeabilidade da mucosa intestinal, permitindo que bactérias e enzimas digestivas entrem na corrente sanguínea. “Os indivíduos que usam esse tipo de medicação antes de treinar podem estar comprometendo a absorção de nutrientes importantes, tornando mais difícil o desenvolvimento muscular”, esclarece Rafael Munerato.
 Para que você alcance o resultado desejado sem sofrimento ou tratamento errado, é muito importante ter alimentação adequada ao seu tipo metabólico, procurar se exercitar corretamente e ter tempo correto de descanso e recuperação. “Com o objetivo de fortalecer a musculatura, criando tecidos mais resistentes à inflamação, é importante consumir gorduras saudáveis, proteína em moderação e pouco carboidrato, reduzir ao máximo os açúcares, mesmo dos sport drinks e das barras energéticas, e fazer uso da quantidade adequada de aminoácidos essenciais, especialmente a leucina. Respeitar o intervalo correto de refeições pós-treino é importante, assim como evitar a frutose no pós-treino, pois ela reduz a habilidade de produção do hormônio do crescimento (HGH), fundamental na reparação tecidual; se seu nível for baixo, certamente você terá dores pós-treino”, aconselha o especialista

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