Semana da Mulher: sintomas, diagnóstico e tratamento para doenças do coração

As mulheres podem não apresentar sintomas típicos de doença do coração. Em vez da dor torácica com duração em torno de 20 minutos, de náuseas e sudorese, as mulheres podem experimentar um cansaço anormal ou sintomas que parecem azia e indigestão. Devemos ter atenção com as idosas, pois, muitas vezes, não são diagnosticadas com problemas de coração porque esses sintomas são confundidos com o cansaço normal do idoso  Este é o primeiro alerta da Dra. Valdênia Souza, coordenadora do Serviço CHN Cardiovascular, do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói).

Para diagnosticar a doença, mulheres com fatores de risco podem fazer um teste não invasivo. A ecocardiografia sob estresse físico ou farmacológico e, recentemente, a angiotomografia de coronárias são alguns exemplos de ferramentas fundamentais na abordagem moderna e no diagnóstico precoce da doença coronariana.

As formas tradicionais de tratamento da doença cardíaca coronariana são semelhantes nos homens e nas mulheres. As mudanças no estilo de vida têm se mostrado particularmente eficazes no tratamento de mulheres. Estudos mostram que modificações nos hábitos alimentares podem afetar beneficamente a saúde, prevenir o aumento do colesterol e do triglicerídeo, o ganho de peso, a elevação da pressão arterial sanguínea e provocar alterações na utilização da insulina, que ocorre normalmente com a menopausa.

A médica reforça que a melhor opção de tratamento é a prevenção. “Bem antes dos 50 anos, as mulheres deveriam se concentrar em minimizar quaisquer fatores de risco que possam contribuir, mais tarde, para o aparecimento das doenças cardiovasculares. Uma mulher não pode impedir a menopausa, mas pode promover um estilo de vida saudável.”

Ainda segundo Valdênia, a prevenção deve começar por uma dieta balanceada, pela prática de atividades físicas regulares e pela cessação do tabagismo. “Mas não podemos nos esquecer de uma abordagem adequada para outras situações clínicas, como a depressão e o estresse, que também atuam como fatores de riscos para as doenças cardiovasculares”, finaliza.