Sebos: templos do saber guardam tesouros literários


Eles tem uma verdadeira multidão de devotos apreciadores e frequentadores e, ao longo dos anos vem se modernizando e incorporando novidades sem, no entanto, perder o velho charme. Estamos falando dos sebos que, hoje, estão longe de ser aquele lugar com cheiro de mofo e caindo ao pedaços que eram sua principal características, além é claro de campo onde se podiam achar verdadeiros tesouros literários. Os tesouros ainda podem ser encontrados, mas o cheiro de mofo, que ajudava no charme, já não é tão forte e não há mais o risco de ser soterrado por milhares de páginas. Embora ainda hajam exceções, claro.

Os sebos cariocase se modernizaram e hoje, na maioria deles, garimpar tesouros literários já não significa sujar as maões. Alguns parecem verdadeiras catedrais do saber e, além de livros, também oferecem ao frequentador obras de arte e até móveis, tudo regado a um bom café ou chá.

Nesses templos do saber se reune tod tipo de amante da literatura, desde os mais velhos, até estudantes em busca de livros técnicos ou saber secular. “É fundamental que os sebos continuem a existir, pois lá posso adquirir os livros da faculdade pela metade do preço, e ler também os que me interessam”, declara a universitária Andressa Sanches, universitária, moradora de Santa Tereza.

A origem do nome

O nome sebo vem do tempo em que não havia energia elétrica e as pessoas liam à luz de velas amarelentas. O contato com as velas deixava os livros ensebados, sebentos. Depois de usados, esses livros iam para depósitos, que passaram a se chamar sebos por armazenarem livros “ensebados”. Os primeiros sebos no Brasil foram montados por intelectuais no Rio de Janeiro, no final do século XIX, e logo se espalharam pelo território nacional.

A Livraria São José é o mais antigo sebo em atividade na cidade do Rio de Janeiro. A livraria é antiga, porém, tem um pé no século XXI. É uma daquelas livrarias onde você “sente no ar” tantas e tantas décadas de entradas e saídas de clientes, livros e desejos: dezenas de prateleiras com exemplares pra lá de antigos, mas também edições mais novas, de todos os gêneros. A localizaçaõ também remete ao passado, próximo Igreja do Carmo e ao prédio que abrigou a primeira agência do Banco do Brasil, fundado pelo Barão de Mauá, hoje sede do Centro Cultural banco do Brasil (CCBB).

Você sabia?
O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de agosto, aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. O acervo foi criado com a transferência de 60 mil itens - entre livros, mapas, manuscritos e medalhas - da Real Biblioteca de Portugal para o Brasil. O ano oficial da criação é 1810. Trata-se da maior Biblioteca da América Latina.

Os principais sebos do Rio:
Sebo Academia do Saber - Av. Passos, 22 Centro
Tel.: (21) 2242-4826

Sebo Acadêmico do Rio - Rua da Carioca, 61
Tel.: (21) 2240-4061

Sebo Aimeé Gilbert - Rua da Carioca, 38
Tel.: (21) 2232-4495

Sebo Antiqualhas Brasileiras - Rua da Carioca, 10 Centro
Tel: (21) 2233-9572 / 2509-1018

Sebo Antiquário - Rua Sete de Setembro, 207 Centro
Tel: (21) 2221-4746 / 2221-7496


Sebo Berinjela - Av. Rio Branco 185, loja 10
Centro
Tel: (21) 532-3646

Sebo Brasileira - Av. Rio Branco, 156 sobreloja 229 Centro
Tel: (21) 263-4789/ 262-2501

Sebo Cabral - Rua Gomes Freire, 151b
Tel.: (21) 2222-5551 / 2507-0889
Sebo Campo Grande - Rua Dr. Caetano de Faria Castro, 97 Lj B
Tel.: (21) 2415-3935

Sebo Camerino - Rua Camerino, 52
Tel.: (21) 2233-3752

Sebo Champs Elisées - Praça Tiradentes, 27 Centro
Tel.: (21) 2221-9290

Sebo Cultura & Cia - Rua do Senado, 43
Tel.: (21) 2232-9587

Sebo Elizart - Rua Marechal Floriano, 63 Centro
Tel./Fax: (21) 2233-6024 / 2263-7334

Sebo Geraldo Melo - Rua Ramalho Ortigão, 12
Tel.: (21) 2233-7565

Sebo Inconf. - Rua Visconde do Rio Branco, 15
Tel.: (21) 2252-2980

Sebo Império - Rua Regente Feijó, 30 Centro
Tel: (21) 2242-5676






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