GOVERNO DO RIO VAI DEMOLIR
O IASERJ EM MARÇO
População e
servidores não podem deixar o IASERJ acabar com os atendimentos
O IASERJ, no Centro do Rio, foi
um complexo hospitalar de excelência que, pelo desmonte sucessivo de seus
serviços, foi sendo obstruído na sua capacidade de continuar atendendo, da
mesma forma, ao público. A população do Rio de Janeiro vem colecionando tristezas
e muito sofrimento com o fim dos hospitais. Será o IASERJ a bola da vez?
A Associação dos Funcionários do Instituto de Assistência dos Servidores
do Estado do Rio de Janeiro – AFIASERJ e o Sindicato dos Fazendários do Estado
do Rio de Janeiro – SINFAZERJ realizaram o Fórum “Expansão INCA / IASERJ”
nesta quarta, 18 de Janeiro, no auditório da Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ - localizado na Rua da Candelária.
nesta quarta, 18 de Janeiro, no auditório da Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ - localizado na Rua da Candelária.
Estavam presentes ao evento, entre outros, Dr. Marcelo Soares, Dra. Patrícia Martins
Santana, Dra. Maria Cristina Maia, Deputado Paulo Ramos, Deputado Paulo
Pinheiro, e a Deputada Sonia Rabelo.
O debate tratou do processo de expansão do Instituto Nacional de Câncer
- INCA e da “demolição” ou transferência das instalações do Hospital Central do
Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro – IASERJ,
na Cruz Vermelha.
No
Fórum foi decidido que, tanto indicações dos conselhos de saúde,
como de outros órgãos consultivos de saúde pública, todos
recomendaram não só a descentralização do tratamento do câncer, como a não desativação
do hospital central do IASERJ.
Foram convidados a para o debate: INCA, IASERJ, ALERJ, Conselhos
Municipal, Estadual e Nacional de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Rio de
Janeiro, Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Tribunal de Contas da União,
Advocacia Geral da União, OAB .- RJ, Conselho Nacional do Ministério Público,
Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da
União, e o Ministério da Saúde.
A
demolição do Hospital Central significará a perda de 400 leitos de internação e
16 leitos de UTI, além da interrupção de 44 especialidades médicas no
atendimento ambulatorial. Já foram fechados no IASERJ o Pavilhão Cirúrgico, a
Emergência, a Pediatria, a Pneumologia, o Pólo de Hepatite, e vários
consultórios viraram depósito de equipamentos valiosos que estão apodrecendo. A
promessa foi de que o IASERJ será transferido para um prédio na Rua do Rezende,
no Centro do Rio.
Segundo
explicou o Dr. Nelson Ferrão, funcionário concursado do IASERJ há 27 anos, e
Diretor de Assistência do Instituto desde Setembro de 2010, “o que posso lhe dizer é que a minha função é
promover a gestão do atendimento médico deste Instituto. Com relação a este
assunto, tenho a lhe informar que: O Hospital Central do IASERJ totalizou em
2011, 116.333 atendimentos ambulatoriais, 18.698 exames de imagem, 376.133
exames laboratoriais (patologia clínica e anatomia patológica) e 1078
internações”.
Para
a presidente da Associação de Funcionários do IASERJ, Mariléia Santos, “a demolição do Iaserj é ilegal e inconstitucional.
O IASERJ, foi criado em 1932, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do
País, e teve as suas unidades erguidas e equipadas através das contribuições
compulsórias dos servidores (2% do salário)”.
De
acordo com o deputado Paulo Ramos (PDT), membro da comissão, “o Iaserj vem sendo sucateado e, no momento,
sofre a ameaça de desaparecer. A única saída para que o hospital não seja
demolido é a resistência de todos os servidores e de toda a população que ali é
atendida”.
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