Moradores temem fechamento de Posto de Saúde no Centro

Funcionários da Saúde e moradores do Centro denunciam que o Posto de Atendimento Médico Oswaldo Cruz, na Avenida Henrique Valadares, está ameaçado de fechar. Segundo eles, a Prefeitura está sucateando mais um posto de saúde, e alegam que a UPA, que está sendo construída na Rua Frei Caneca, irá substituir os atendimentos.

“A situação é precária, pois para marcar uma consulta demora mais de um mês. No caso dos hipertensos, o horário não é flexível, funciona até às 11h, quando as pessoas estudam ou trabalham. É uma grande desorganização e não dão a devida atenção aos pacientes”, declara a estudante e moradora da Rua do Rezende, Heloisa da Silva.

Um papel afixado no quadro de avisos e na entrada da sala de vacinação informa que “a partir do dia 1 de abril, a sala de imunização será fechada para obras de adequação, sem previsão de retorno. A vacinação de rotina deverá ser realizada no Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, na Rua Evaristo da Veiga, 16, Térreo Cinelândia. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, de 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h”.

“O posto é fundamental para todos os moradores da região. Sempre venho aqui para resolver as vacinas do meu neto, e agora não sei mais aonde ir. E agora? O que a Prefeitura vai fazer com os pacientes? O posto tem diversas especialidades. Muitos não sabem, mas o posto de saúde, além de atender a população, faz um trabalho com as pessoas que moram nas ruas, e ajuda com a parte de nutrição”, afirma a aposentada Dilma Gomes Diniz.

Em resposta à Folha do Centro, a Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde,  por e-mail, informou que “O Centro Municipal de Saúde Oswaldo Cruz está passando por uma reforma estrutural, com ampliação da unidade. Não haverá fechamento do CMS, que continuará prestando atendimento à população. As obras da unidade fazem parte do plano de reforma da Secretária Municipal de Saúde e Defesa Civil, que já realizou intervenções para a melhoria de 90 unidades de saúde”.

“A Prefeitura alega não ter dinheiro para realizar as obras necessárias no local. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Prefeitura realizaram uma reunião no dia 14 de Março para resolver o destino do local. A prioridade é a vacinação das crianças. A construção da UPA não nos interessa, muito menos para as pessoas e famílias que já estão acostumadas a freqüentar o posto. O PAM é uma referência nacional no que diz respeito a vacinação e ao tratamento da Raiva Humana. O posto existe há 60 anos e atende, em média, 100 pessoas por dia”, declara uma enfermeira do posto e moradora do bairro.

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