Insegurança é o nome do problema
A
segurança esta cada vez pior no Centro do Rio. Este foi um dos assuntos
debatidos durante a reunião do Conselho de Segurança da 5ª Área Integrada de
Segurança Pública (AISP) do Centro Histórico / Santa Teresa realizada na manhã
de terça, 28 de fevereiro junto aos moradores, trabalhadores, comerciantes,
lideranças, associações, jornalistas e amigos. A reunião foi presidida pela
professora Maria João Gaio. A reunião foi realizada às 9hs no prédio do Clube de
Diretores Lojistas (CDL) localizado na Rua da Alfândega, 111, Centro do Rio. Durante
a manhã, todos tomaram o café da manhã, e discutiram os diversos problemas do
bairro, como os de segurança, insegurança, moradores de rua, uso de drogas e
falta de limpeza local. A retirada da cabine da PM da Rua do Riachuelo, logo na
saída do túnel Martins de Sá foi um dos assuntos do dia, pois os moradores já
sentem falta daquela segurança, daquele acolhimento que existia.
Estavam
presentes: o vice – presidente da CDL Sr. Roberto Cury, o Delegado Murilo
Montanha, a Delegada Célia Rosa da DEAM, presidente do conselho e professora
Maria João Gaio, o Tenente Coronel Amaury Simões, subtenente Paúra de Santa
Teresa, Manoel Furtado da subsecretaria do Centro, Sr. Rogério da Secretaria
Extraordinária de Obras e Programas Especiais (SEOP), representantes da 6ª e 7ª
AISP, Cidade Nova e Santa Teresa, além de representantes das Policias Civil e
Militar e dos governos Estadual e Municipal.
O
carnaval passou e o ano enfim começou, mas os problemas continuam e alguns
estão se agravando. A insegurança, a desordem, a sujeira, o aumento de
moradores de rua, o uso de drogas por eles, assaltos, e a falta de atitudes
enérgicas por parte da polícia e das autoridades foram mais uma vez
questionadas e debatidas por todos que estavam presentes. A presidente Maria
João, entregou as atas das reuniões anteriores. A proposta da reunião foi a de
intensificar o policiamento no Bairro da Lapa, Bairro de Fátima, Centro e Santa
Teresa, bem como a união de todos os moradores para pressionar as autoridades. Foi
decidido que para as próximas reuniões, serão convidados representantes do
Ministério Público, Comlurb, Guarda Municipal, Prefeitura, representantes dos
Conselhos comunitários de segurança, entre outros. Maria João agradeceu a
presença de mais de 80 pessoas na reunião e comentou sobre a reunião passada,
que também estava cheia. Agradeceu a divulgação e pediu para que todos
divulgassem os eventos realizados.
“A
reunião é necessária para que a população possa cobrar das autoridades as
promessas não cumpridas em relação à segurança do Centro do Rio. Destacou a
importância do dia internacional da mulher e, também comentou sobre o próximo
local da reunião, no mês de abril poderá ser realizada na Associação Brasileira
de Imprensa (ABI)”, completa a aposentada e representante da Federação de
Mulheres do Rio de Janeiro, Olga.
“Agradeço
por mais uma reunião, a presença de todos e a luta que o conselho passa todos
esses anos, e o trabalho que tem sido feito pela polícia. A segurança na área
da saúde é um problema sério. Sem saúde no Estado, não é possível resolver
nada. A saúde será privatizada, será isso uma saída para a população? Não
podemos entregar nossa saúde ser entregue para a privatização. Estão acabando
com os hospitais, deixando apenas o cemitério para as pessoas que precisam de
socorro. A moda de fechar e demolir hospitais têm que acabar, afinal onde os
moradores serão socorridos? A policia deve ficar sempre ao lado da sociedade,
principalmente na saúde”, afirma a presidente do Instituto de Assistência dos
Servidores do Estado do Rio de Janeiro, (IASERJ) Mariléia Ramos.
“A
retirada da cabine da PM na Rua do Riachuelo esta prevista para acontecer, mas
será estudada pelo Estado para que não mude de lugar. A retirada dos postos é
temporária. Os moradores já se juntaram para que não ocorra. O fato se deve ao
numero de policiais nas ruas, é bem menor do que o normal. Existe uma escala de
trabalho entre os policiais que deve ser seguida. O efetivo foi pauta de varias
reuniões, e também será aumentado em toda a cidade”, declarou o Coronel Amaury.
“Venho agradecer
por mais uma reunião, e a oportunidade de reclamar da omissão da prefeitura, e
outras autoridades que poderiam estar trabalhando juntas para resolver tais
problemas, da desordem que a Lapa se encontra, principalmente a Praça da Cruz
Vermelha que se transformou em um banheiro público, e em abrigo de moradores de
rua a céu aberto. A situação é cada vez mais séria, pois as pessoas que moram
ali não conseguem circular pelo local. Todas as ruas, assim como a praça se
transformaram em motel e dormitório de moradores de rua. O campo de Santana
também é um caso de abandono das autoridades, o fechamento do Colégio MABE
tradicional do Bairro, e o Programa Saúde da Família é outro caso sem
explicação”, segundo Carlos Augusto da Cidade, Presidente da Associação de
Moradores da Cruz Vermelha e adjacências.
“Ao
longo da Rua do Riachuelo, observa – se, em determinado horário, famílias
inteiras dormindo nas entradas de prédios residenciais, perto de caixas
eletrônicos, supermercados, igrejas, e ainda perturbam as pessoas em bares e
restaurantes”, acrescenta Maria João.
A
próxima reunião está marcada para o final de março, em local a ser definido, em
Santa Teresa. Desde já todos os moradores estão convidados.
“A
região da Lapa onde fica o INCA, o IASERJ, a Praça da Cruz Vermelha, o Hospital
Espanhol não é favorecida pelo comércio. Agora, com a retirada da Cabine da PM
da Rua do Riachuelo, a área ficou abandonada e perigosa. O comércio ali
existente fechará as portas mais cedo, ou mudarão de endereço”, comenta um
atendente de lanchonete que não quis se identificar.
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